No início deste século, os primeiros que chegaram à região encontraram selva densa, habitada por índios caigangues. Esses pioneiros foram responsáveis pela dominação e expulsão dos indígenas que, pacificados, diminuídos e sem condições de luta, abandonaram definitivamente a região, deixando-a em posse de grileiros. Um poderoso fazendeiro mineiro, tomou para si quatro enormes fazendas na região, cortadas pelo rio Paraná e seus afluentes, sendo três no Estado de Mato Grosso e uma em São Paulo, onde hoje se encontram Santa Fé do Sul e os demais municípios vizinhos. Com a morte do fazendeiro, iniciou-se um intrincado processo jurídico movido por dois grupos que alegavam, baseados em documentos inverídicos, direitos sobre a área. Nenhum dos grupos referidos conseguiu a posse da terra e ela acabou indo parar nas mãos de um major inglês, “testa-de-ferro” de um grupo petrolífero e que nunca veio ao Brasil. O interesse dessa empresa era a possível existência de petróleo na região, porém, pelo fato de a Constituição de 1946 decretar como patrimônio da União todo o subsolo brasileiro e a superfície não representar nenhum interesse aos novos donos, a terra foi repassada a uma imobiliária que loteou toda a região. Coube à mesma, lotear e vender uma área de 32 mil alqueires. Em menos de três anos não havia mais lotes a seres vendidos. A grande procura por novas possibilidades de vida, idéia amplamente estimulada no reaquecimento do pós-guerra, fez nascer Santa Fé do Sul, fundada em 24 de junho de 1948. Em 1958 a população local já atingia a casa dos quatro mil habitantes. Em 1964, ultrapassam dez mil habitantes. Hoje a população gira em torno de vinte e seis mil habitantes constituídos por uma mescla de diversas raças e culturas, destacando-se entre elas italianos, japoneses, espanhóis, árabes e inúmeras famílias oriundas da região nordeste do Brasil. A economia, que no início era essencialmente agropecuária, passou por um processo de crescimento comercial e industrial de pequeno porte e hoje já estão sendo postas em prática as estratégias para que os recursos naturais, o potencial hídrico e a vocação receptiva da população sejam o tripé básico para o desenvolvimento da indústria do turismo, como elemento gerador de rendas, empregos, negócios e outros benefícios para a cidade e toda a sua região.
Fonte: enciclopédia livre Wikipédia.