SIMBOLISMO DA DISCRIÇÃO
Com o Documento nº 48, o Supremo Conclave do Brasil dá início à revisão, à análise e à instrução complementar dos graus filosóficos (4 ao 33). Entende-se por instrução complementar aquela que se registra fora dos rituais. Há os que reclamam por falta de material para estudo. Não têm razão. Além dos rituais (fonte inesgotável de estudos), na 2ª fase dos DOCUMENTOS DO RITO (com o presente, três números – 46 a 48) existe farto material, útil aqueles que pretendem estudar, interpretar, compreender ou praticar o Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos – o RITO DA MAÇONARIA RENOVADA. A série Documentos do Rito pretende cobrir todos os graus filosóficos, publicando instruções que permitam uma melhor compreensão dos assuntos expostos nos rituais.
Do simbolismo e ritualística nos graus filosóficos É bem sabido: nos graus simbólicos (1 ao 3), o Rito Brasileiro, como os demais ritos maçônicos, empresta especial importância ao simbolismo e à ritualística. Diz-se mesmo: sem simbolismo e ritualística não há Maçonaria. Contudo, nos graus filosóficos do nosso Rito, essa importância do simbolismo e da ritualística decai. Do 4 ao 33, utilizamos os métodos da Filosofia, da Ciência Política, da Arte e das ciências em geral (ver em O SEMEADOR nº 10/2ª fase, pág. 2, o artigo A Estrutura Doutrinária do Rito). Entretanto “sem simbolismo e ritualística não há Maçonaria”, e desse modo, mesmo sem importância preponderante, no Rito Brasileiro há simbolismo e há ritualística nos graus filosóficos.
Tradição e evolução Preceito constitucional inalienável prescreve: o Rito Brasileiro concilia tradição e evolução. Nesse sentido, fiel à Maçonaria Tradicional – aquela transmitida pela doutrina, simbologia e ritualística dos Ritos mais antigos – o Rito Brasileiro mantém a estrutura tradicional (cobridor, símbolos, dedicação dos graus, etc.), mas dispensa as fantasias e lendas ali contidas. Não dispensa os ensinamentos, dispensa os métodos de transmiti-los. Nos Capítulos e Lojas Complementares o objetivo é o aperfeiçoamento moral do discípulo. A Lenda do Terceiro Grau encerra-se no segmento simbólico. Não se dá continuidade ao lendário acontecimento da morte de nosso Mestre, propalando-se outras lendas – como é feito na Maçonaria Tradicional – mas se aproveita o ensinamento da tradição, transmitindo-o de forma direta (sem recorrer a lendas). Neste Documento do Rito examinamos os símbolos da Discrição, primeira virtude estudada em Loja Complementar ou Capítulo.
Os símbolos da Discrição ... A Chave de Marfim ... Os ramos de louro e de oliveira ... A letra Z ... O Olho e a Divisa “videre, audire, tacere” ...
Conclusão Alguns Irmãos, demasiadamente apegados à letra do ritual, somente realizam, nos graus filosóficos, sessões concernentes à colação de grau. Assim é insuficiente. Há efetiva necessidade de serem realizadas “sessões econômicas” (por analogia com os graus simbólicos), onde os Obreiros possam estudar instruções ligados à Filosofia Moral, enfim aprofundar-se nos diversos tópicos concernentes ao estudo das virtudes, sem estarem amarrados à letra do ritual. Pedimos que façam isso. Quando não estiver prevista uma colação de grau – realizem sessões de estudo. Outrossim escrevam. É grande o esforço do Supremo Conclave em consolidar e difundir a doutrina do Rito. É que merece a participação de todos. Não somos indiferentes à opinião dos Irmãos. Gostamos de ouvi-los. Nesse sentido, que sejam levantadas as questões existentes quanto aos graus filosóficos. Assim nos ajude o S\A\D\U\!
Abel Tolentino Atualização 07/07/2020 O que é a maçonaria - Histórico da Loja - Eventos - Fotos - Fraternidade Feminina - O Rito Brasileiro - Peças de Arquitetura - Avental - Brasão |