O Venerável indaga as horas, ao Segundo Vigilante, depois que o Primeiro Vigilante lhe informou que os Aprendizes Maçons começam a trabalhar ao zênite.
O Segundo Vigilante olha o relógio. Tem, ao lado, pequeno sino; apanha-o e, ante a
Assembléia de Maçons em silêncio, faz soar as badaladas correspondentes à hora,
findas as quais, responde ao Venerável.
No Rito Adonhiramita, há ocorrência parecida. O Primeiro Vigilante comunica ao
Venerável a idade do Aprendiz. O Venerável pergunta-lhe as horas. O Cobridor
Interno faz soar um tímpano oculto em lugar específico, findo o que o Primeiro
Vigilante responde as horas, para que os trabalhos se iniciem na forma de costume.
A ondulação sonora produzida pelas repetidas pancadas no sino, que receberam a
denominação de badaladas argentinas, apesar de o Ritual consignar, apenas,
badaladas, produz sensação de sons celestiais. O Ritual Adonhiramita chama d e
vibrações argentinas.
Seja qual for a denominação preferida, a repetição sonora resultante da percussão
metálica atinge a sensibilidade da Assembléia. Por isso, as badaladas, que podem
ser argentinas, devem ser produzidas à moda cantochão (2)
, com serenidade,
límpidas, sem pressa, sem pressa e sem vagar demasiado, a fim de revolver o íntimo de quem as escuta como eco….. viajando pela amplidão do grande mar de si
mesmo, até extinguirem-se os decibéis.
Quando ouvi, pela primeira vez, o soar de tais badaladas, transportei-me ao trem que me conduzia de Veneza a Viena, subindo os Alpes, por volta das dezoito horas, em dia invernoso, frio. De capela distante, vinha o repicar do bronze que anunciava a hora do Angelus. Recordei-me, também, do rapaz que fora raptado por ciganos, quando tinha oito anos de idade. Olhos vendados, ele não pôde ver por onde e para onde estava sendo conduzido. Apenas ouvia o som que a torre da igreja da localidade espalhava aos ares. Homem, já, procurava a família de origem, sem sucesso. Determinado dia, ao pôr do Sol, ia andando sem rumo, quando escutava o badalar do sino da igreja. Dias depois, reencontrava os que fora forçado a deixar, ainda menino (Argentino é timbre fino, semelhante ao da prata; é som delicado, que enleva.
Para mim, as badaladas argentinas podem ser o reencontro comigo mesmo, a cada sessão. O reencontro com as verdades e inverdades registradas no meu arquivo mental, com as verdades que vejo e as inverdades que ouço. Porém, as badaladas argentinas são mais que relembranças; elas são transformadoras de inverdades em esperanças e de verdades em certezas do tesouro escondido em cada coração, em cada mente, em cada indivíduo. Elas ajudam a descobrir o tesouro que está dentro de cada Maçom. Por isso, não devem ser aceleradas, nem excessivamente lentas.Elas não podem provocar stress, nem induzir ao sono. Devem, sim, descerrar a beleza interior de cada Maçom.
O sino é um dos objetos mais importantes nas cerimônias sagradas das mais diversas religiões do mundo, e mesmo em atos como meditação e yoga.
Sua origem mais provável é na China, em data muito antiga e incerta, mas foi o povo indiano que descreveu o que representa o símbolo do sino com maior precisão.
De qualquer forma, seu objetivo, ao acompanhar cerimônias religiosas, costuma ser ligar o céu e a terra (e, às vezes, também o mundo dos mortos), convocar divindades e espíritos para presidir as cerimônias, afastar os espíritos maus ou a purificação ou liberação das energias da própria pessoa que o toca – e isto pode ser tanto num templo como na própria casa da pessoa.
O SOM DOS SINOS
O sino é um instrumento musical composto de:
- Um idiofone de formato quase cônico: ou seja, o som é produzido pela vibração desta parte, sem tensão. Ela é feita de metal: a parte externa geralmente é de bronze, e pode também ser criada uma liga com cobre e outros metais, para apurar o som. Quanto maior o diâmetro da boca do sino, mais longe pode ressoar. Quando o sino é para enfeite, pode ser feito de vidro ou cerâmica.
- Um instrumento de percussão, que pode ser a lingueta que pende para fora (badalo) ou um martelo que bate no idiofone ou barra suspensa por cordas (o que é mais comum nos sinos do Oriente).
A nota em que o sino toca é Si, que os místicos dizem ser a responsável pela conexão com o divino, e esta é uma das razões do seu efeito calmante. Esta nota também abre o chakra do coração. No Oriente, é importante tanto a pancada que produz a vibração (em japonês, atari) como o eco, que dura sete segundos (oshi), e o seu declínio (okuri); isso porque esta repercussão do som comunica-se com os chakras de quem ouve, abrindo-os e ajudando na purificação das energias, e mesmo das células.
Por tudo isso, o som dos sinos é relacionado à abertura de quem o toca e de quem o ouve para o plano espiritual, e à purificação de energias tanto das pessoas como do ambiente, seja espantando espíritos maus, seja possibilitando que a energia positiva flua melhor. Por isso, o sino pode ser usado para ajudar na cura de dores ou da insônia: segundo alguns místicos, basta tocá-lo onze vezes em cima do lugar onde dói ou em cima da cama.
O sino em algumas culturas
- O sino na cultura chinesa: está relacionado aos tambores, e representa o barulho dos trovões.
- O sino na Índia: eles estão muito presentes nos templos hindus. Quem entra deve tocar o sino pelo menos uma vez, para anunciar sua chegada aos deuses e purificar sua energia. Segundo eles, o som do sino é uma partícula do Om, que os iogues acreditam ser o som da criação do universo. Boa parte da simbologia do sino na Índia já foi explicada acima, muito dela relacionada ao hinduísmo.
- O sino no Budismo: a principal referência de sino no budismo é o Japão,
apesar da origem indiana dessa religião. Segundo a lenda, os primeiros sinos
neste país foram trazidos da China, em 562 d.C. Hoje, é famoso por lá o tipo
de sino conhecido como bonshō, usado nos templos budistas para marcar o tempo e para chamar os monges para os serviços litúrgicos. Representa um
papel muito importante no Ano Novo Japonês e no festival de O-Bon: na
primeira celebração, é tocado 108 vezes, para expurgar a humanidade das
108 tentações terrestres; na segunda, uma variação do bonshō, o ōkubo-ōgane, é pendurado em cima de um poço e tocado para chamar os
espíritos do reino dos mortos para participar da festa; quando ela acaba, é
dado o toque de recolher a eles por meio do sino de recolher, o okurikane.
- O sino no Cristianismo: pode ter herdado muito da simbologia do sino do budismo, pois começou a ser usado nos mosteiros, a fim de chamar os monges para as refeições. Depois seu uso se ampliou para as igrejas, a fim de chamar os fiéis para as orações – é bastante conhecido o fato de eles tocarem de manhã, à tarde e à noite, durante a oração do Ângelus, o que fica mais evidente em cidades pequenas e afastadas. Além desse chamamento à devoção, também tem como objetivo colocar as pessoas em alerta contra as armadilhas do demônio. Por tudo isso, é costume os sinos de uma paróquia serem abençoados pelo bispo e em nome de um santo padroeiro, numa cerimônia que espelha a do batismo. É também um símbolo natalino, por anunciar o nascimento de Cristo.
- O sino no Islã simboliza a voz de Deus, por representar a repercussão do
poder divino
COMO UTILIZAR A ENERGIA DOS SINOS EM SUA VIDA
O sino é um objeto cheio de significados, acredita-se que o som do seu badalar fala
com a nossa alma e é por isso que tantas religiões utilizam da sua simbologia para
os rituais sagrados. Veja como utilizar a energia dos sinos em seu benefício.
7 MANEIRAS PARA APROVEITAR A ENERGIA DOS SINOS
Os sinos emitem a nota musical 'Si' e essa nota favorece a nossa conexão com o
divino. Ela nos conecta a Deus, e nos leva para o plano astral/espiritual ativando o
chakra do coração. Veja como o poder da energia do sino pode ser utilizado em sua
vida e sua casa:
- LIMPEZA ENERGÉTICA DE AMBIENTES
Você pode promover a limpeza energética de um ambiente através do poder da nota Si. Basta que você dê 11 badaladas com o sino em cada cômodo que você deseja limpar energeticamente, ele ficará conectado a Deus e livrará de toda a energia negativa ali presente. Você pode repetir esse ritual 1 vez por semana.
- ENERGIZAÇÃO PESSOAL
Você pode gerar boas energias em seu próprio corpo ao girar o sino 11 vezes
sobre a sua cabeça, também uma vez por semana. Assim seu corpo ficará
protegido e rodeado de boas energias.
- CONVITE AOS DEUSES
Você pode convidar a vinda de Deus (ou dos deuses) para dentro da sua
casa, basta badalar 11 vezes o sino na porta de entrada da sua casa.
- PROTEÇÃO DO SONO
Você pode badalar 11 vezes o sino ao redor da sua casa, para que os anjos
da guarda sejam atraídos para lá e protejam o seu sono. Ajuda a livrar da
insônia.
- PARA LIVRAR DE DORES
Se você tem sentido dor em algum ponto específico do seu corpo, badale um
sino 11 vezes em cima desse local para elevar o padrão vibratório das suas
células e promova a cura.
- AFASTAR ALMAS SEM LUZ
Muitas almas perdidas costumam se concentrar nos azulejos do banheiro.
Para afastá-las dali, badale o sino 11 vezes dentro do banheiro e elas serão
repelidas pelo poder da nota si.
- PARA GERAR PRODUTIVIDADE E PROSPERIDADE
Badale 11 vezes em cima da sua mesa de trabalho ou do seu computador
(ou do seu ambiente de trabalho). Isso irá atrair as boas energias para gerar
maior produtividade, clareza de pensamento que atraia as boas vibrações
para o seu trabalho. Como utilizar a Energia dos Sinos em Sua Vida.
Trabalho apresentado em 08/03/2023, por JOÃO DIAS, MI CIM 229228 da ARLS União Ordem e Progresso nº 1299
(1) O RITO BRASILEIRO, Carlos Simões, Ed. A Gazeta Maçônica, pp. 131/132, 1999
(2) Cantochão é a denominação aplicada à prática monofônica de canto utilizada, desde os primórdios
da Idade Média, com os monges reginaldinos, por cantores nos rituais sagrados, originalmente
desacompanhada. Wikipédia.
Abel Tolentino
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Atualização 24/10/2024
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