ENCONTRO NACIONAL DAS ACADEMIAS MAÇÔNICAS DE LETRAS

Hélio Pereira Leite

Não sabemos o total de Academias Maçônicas de Letras atualmente em funcionamento no Brasil Maçônico, compostas por maçons intelectuais ativos e regulares nas diversas Potências Maçônicas em atividade no Brasil.

Em tese estes sodalícios de letras maçônicas reúnem obreiros da Arte Real que se dedicam a escrita, a pesquisa e a arte em geral, que deveriam estar mais irmanados às potências maçônicas, no sentido de emprestar suas colaborações literárias e artísticas no incremento da educação e da cultura maçônica propriamente dita.

Contudo, em sua maioria as Academias maçônicas vêm enfrentando o fenômeno da evasão e ou da ausência generalizada em suas reuniões semanais e ou mensais, cenário que dificulta estabelecer um programa de ação literária à altura intelectual de seus acadêmicos, a maioria com a idade já avançada.

Por outro lado, raramente são proprietárias dos espaços físicos que ocupam, necessitando por isso de alugar os locais onde realizam suas reuniões periódicas, que são pagos com recursos oriundos da contribuição de seus membros efetivos. Algumas conseguem espaços nas sedes das Potências com as quais têm íntimas relações. Além de lidarem com as críticas de alguns Obreiros que não veem necessidade da existência de tais entidades.

Em princípio, as Academias maçônicas deveriam atuar como laboratório de pesquisa e na produção de produtos literários, tais como livros e revistas, além de promover palestras em ambientes maçônicos sobre as diversas facetas da cultura maçônica, bem como contribuir a partir da participação de seus acadêmicos, em fóruns de debates, em seminários e congressos locais, estaduais e nacionais, promovidos por Potências Maçônicas.

Todavia, tal não acontece, porque inexiste vontade política por parte das Potências Maçônicas, em celebrarem parcerias com as Academias Maçônicas em funcionamento em suas jurisdições, as quais são carentes de recursos financeiros que lhes impedem de dar passos mais largos.

Por isto, por falta de recursos financeiros, por falta de apoio dos seus próprios acadêmicos a maioria de nossas Academias maçônicas de letras está vivenciando um ocaso em suas existências; diria mesmo que estão sobrevivendo às duras penas e graças a uma meia de dúzia de abnegados que carregam o andor da cultura literária e artística, mantendo a chama acesa do ideal acadêmico.

Infelizmente a maioria dos acadêmicos ingressam nos diversos sodalícios maçônicos ou não maçônicos por vaidade, porque dispõem de recursos para pagarem os valores exorbitantes que são cobrados pela admissão, uso de fardões e estolas coloridas, exigidos por alguns sodalícios. Por isso, talvez não assumam o compromisso de manterem assiduidade nas reuniões desses grêmios literários, até porque alguns não são do ramo literário.

Apesar das atuais circunstâncias vivenciadas pelas nossas Academias de Letras, sabemos que existem inúmeras Academias Maçônicas que desenvolvem projetos literários em nível de excelência, produzem antologias, promovem lançamentos de livros e mantêm revistas periódicas, como por exemplo a Academia Goiana Maçônica de Letras, atualmente presidida pelo maçom acadêmico José Mariano L. Fonseca, com sede em Goiânia-Goiás.

Destaque-se por oportuno o encontro que ocorreu no dia 23 de abril próximo passado, que reuniu o Soberano Irmão Ademir Cândido da Silva, Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil e uma comitiva de acadêmicos da Academia Goiana Maçônica de Letras, sob a liderança do acadêmico presidente Irmão José Mariano.

Ocasião em que o presidente da AGML expôs para o Soberano Irmão Ademir os projetos em andamento da Academia, com destaque para o Encontro Nacional das Academias Maçônicas de Letras, que está sendo planejado para ser realizado no decorrer do ano em curso, tendo como sede a cidade de Goiânia, cidade capital do Estado de Goiás, para o qual o Irmão Mariano solicitou apoio financeiro e logístico.

Valendo ressaltar por oportuno, que patrocinar entidades literárias não significa tão somente realizar uma despesa a mais, mas, sim, investir em cultura, um valioso bem para o progresso de nossas Potências Maçônicas.

Foi sem dúvida um momento especial e em sua fala o Soberano Irmão Ademir agradeceu aos integrantes da AGML, dizendo-se satisfeito por conhecer os objetivos desse Sodalício de letras maçônicas, ao tempo em que elogiou a participação de Obreiros das Potências da Maçonaria Regular no Brasil como membros da referida Academia.

Registre-se que participaram deste evento, além da comitiva da AGML, eminentes irmãos ArquiARIano Bites Leão, Mario Monteiro Chaves, Raul José de Abreu Sturari e Reginaldo Albuquerque; os poderosos irmãos José Ricardo Filho, Homero Zanota e o conselheiro federal Helio P. Leite.

E para manter um costume que é tradicional nas relações maçônicas, após o encontro os membros da Academia ofereceram um almoço aos participantes do encontro, em um restaurante tradicional de Brasília, que se constituiu num excepcional momento de comensalidade fraternal, bem como de sociabilidade maçônica.

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* Helio P. Leite - um eterno aprendiz
Brasília, DF, domingo, 28 de abril de 2024

 

Brasília, 7 de janeiro de 2024

Helio Pereira Leite, Nasceu em Fortaleza – Ceará, em 07 de agosto de 1940. Em 1959, concluiu o Curso Científico, no Liceu do Ceará.

Ainda em Fortaleza, fez  o Curso de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR de Fortaleza, turma de 1960).

Em São Luís (Maranhão) serviu como Oficial R-2 de Infantaria, no 24° Batalhão de Caçadores.

A partir de l963, radicou-se em Brasília, onde ingressou no Serviço Público, constituiu família e se bacharelou em Direito (CEUB, turma de 1972).

Em 1966, ingressou na Loja Maçônica União e Silêncio, federada ao Grande Oriente do Brasil.

Exerceu diversas funções maçônicas, destacando-se a de Grão-Mestre do Grande Oriente do Distrito Federal (gestã0 2003-2007).

Recebeu  várias comendas maçônicas, dentre as quais a Cruz da Perfeição, após quarenta anos  de atividades na Arte Real.

Participou do 4º Ciclo da ADESG-DF (turma 1975).

É Cidadão Honorário de Brasília, título concedido pela Assembleia Distrital Legislativa do Distrito Federal.

Presidiu a APAE-DF, tendo exercido o cargo de Procurador Geral da Federação Nacional das APAEs.

Produções literárias:  Ensaio –“ Maçonaria e Intelectualidade” (1989); Diário de Viagem – “Cuba, uma Ilha, dois países” (2002); “100 Peças de Arquitetura” (2010, organizado com Kleber S. Nascimento).

Do maçom Helio Pereira Leite tem também os artigos:

- Conselho Federal do Grande Oriente so Brasil;

- Banquete Maçônico.

- Pai, Tempo, e a Virgem Chorosa.

- Ordem, Lei e Justiça, As Três Colunas Mestras do Grande Oriente do Brasil

- Encontro Nacional das Academias Maçônicas de Letras

 

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Abel Tolentino

Atualização 29/04/2024

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